O MEDO GLOBAL
Os que trabalham têm medo de perder o trabalho. Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho.
Quem não tem medo da fome, tem medo da comida.
Os motoristas têm medo de caminhar e os pedestres têm medo de ser atropelados.
Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.
É o tempo do medo.
Medo da mulher da violência do homem e medo do homem da mulher sem medo.
Medo dos ladrões, medo da polícia. Medo da porta sem fechaduras, do tempo sem relógios, da criança sem televisão, medo da noite sem comprimidos para dormir e medo do dia sem comprimidos para despertar.
Medo da multidão, medo da solidão, medo do que foi e do que pode ser, medo de morrer, medo de viver.
Um comentário:
Este Galeano, tan querido, sigue siendo el mago de las palabras. Siempre capta el sentir, las palabras que están en la atmósfera y escribiendo literatura, es social y es político.
Continuo dando las gracias porque exista.
un abrazo gigante, mi bella trabalhadora do mundo.
Nel
Postar um comentário