quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Clandestino

Houve um tempo e que nos falamos todos os dias. Nos escrevíamos tres ou quatro e-mails a cada dia. Nos víamos no máximo a cada 15 dias.

E recordávamos com sorrisos o dia em que você foi me encontrar na praça, e apenas sabia um pouco da minha descrição física.
Naquela noite, nossos olhos se encontravam sobre a mesa, curiosos, e a paixão se desenhando. A cerveja não esquentou. Os planos foram vários. Na saída, me acompanhou para tomar o trem. E foi só isso.

Com o tempo, vieram os limites. As noites de saudades. O sentido duplo ou claro do que dizíamos.
E a primeira briga, política. E um quase-beijo no lugar e hora mais inapropriados.

E a vontade, e a raiva, e a impotencia. E a dúvida.

E os novos caminhos. E outras escolhas.

O que ficará? Talvez, os aceituneros de Jaén? "Mi vida vá prohibida, dice la autoridad", clandestina, clandestino.

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