sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

De particular cultura

Não sei por que dar aulas de brasileiro (antigo português) nas escolas brasileiras, de argentino nas argentinas, e assim por diante.
No vôo entre São Paulo e Madri, não havia um único tripulante que falasse brasileiro ou espanhol.
Tudo que há de “interessante” na internet, está em inglês. As expressões, os cartazes, as liquidações de lojas, as placas indicativas.
Mas, antes de eliminarmos as outras línguas por sua dificuldade, complexidade, riqueza, e estabelecer somente o inglês como língua universal, precisamos estudar se não há formas ainda mais simples, fáceis, práticas, de comunicação.

“Você PRECISA saber inglês”.

“Por que?”

“Santa ignorância”, pensa o interlocutor. “Porque é a língua do mundo”.

“Mas por que o inglês? Por que não pode ser o javanês?”

“Eu sabia que essa gente do terceiromundinho é tudo burro mesmo”, segue pensando. “Porque o inglês é fácil, é simples, pra aprender é rápido, é cheio de qualidades pra ser a língua mundial”.

“Ahhhhh”, faz a perguntadora, com cara de desentendida. “Mas, então, se é por isso, por que não adotamos formas ainda mais fáceis e simples de nos comunicar?”

“Como por exemplo?” desafia o interlocutor.

“Ah, poderia ser mímica. Ou apenas ruídos indicativos, tipo se estou com fome, faço nhãnhãnhã”

“Hahahaha, você é muito boba mesmo! Me diga, como eu faria para paquerar uma mulher?”

“Ué, a forma mais simples que teu cérebro compreende: dá-lhe com o tacape na cabeça!”

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa foi ótimo!!!

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