sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

De plátanos, sol e esperança

Era um dia bastante frio.
Tinha um solzinho tímido, que o vento gelado soprando do norte tornava quase imperceptível como fonte calor.

Caminhava sozinha pelas alamedas; os caminhos estavam meio vazios àquela hora, assim que se podia ouvir um sussurro de vento em lugar da alegre ou triste balbúrdia dos estudantes e das estudantes.
O que chamou a atenção era a chuva, chuva de folhas de plátanos. Parecia que alguém juntara as folhas e estava jogando propositalmente, para que voassem ao vento e enchessem o chão.
Elas se desprendiam das árvores, e caiam e caiam, amarelas, com o sol se refletindo e tornando as alamedas como caminhos de ouro pelo campus.

Algo parecido era a chuva de flores amarelas, na cidade de Palotina, no Paraná. Mas, eram flores, miudinhas, amarelas, caindo das árvores e atapetando o chão, e o frio era bem menos intenso.

Poderia acontecer muitas coisas ali. Mas, as folhas caindo, enquanto caminhava em direção a Facultad de Filosofia y Letras, apenas aquietaram o coração, e a beleza do momento, desfrutado na manhã gelada, não se sabe por que motivos ou como, devolveu esperanças. Só isso.

Ao chegar à entrada do Departamento de Historia Contemporânea, um sorriso. Pode-se perder as folhas, mas, não se deixa de ser plátano.

O que está enraizado, suporta o gelo do norte, e permanece.

Um comentário:

Marcia disse...

Janoca querida!
Estou com dificuldades de falar contigo, no msn... mas se Deus quiser, logo logo resolvo isso!
Grande beijo minha irmãzona!!

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