domingo, 20 de junho de 2010

Pausa para Copa

Querida Bárbara,

estou com saudades de você.

Copa, copa, copa. Pelo menos, na internet. Porque aqui nesse pedaço de mundo... é uma pobreza futebolística. A TV aberta só passa um jogo ao dia. Nem os bares passam, porque quase ninguém quer ver futebol. Só os turistas...
Eu, apaixonado que sou pelo esporte, gostaria de ver mais jogos. Vi quase nada. Menos mal que Gustavo fez a crônica.
Agora, estou vendo Brasil e Costa do Marfim. Assim-assim.
Gosto muito do Elano, mas, tá mal. Luiz Fabiano não se posiciona. Robinho (arghhh) deixou uma barbinha pra tentar ficar com cara de homem, mas, parece que passou carvão no rosto pra brincar de quadrilha de São João. Ele e Kaká não precisavam estar alí.

Brasil vai ganhando, mas o passe na dianteira... fato básico: a gente não toca a bola pra onde o companheiro/a está, mas, pra onde vai estar no futuro imediato, e é pra lá que esse colega deve ir; por isso se treina junto, pra mover-se em consonancia uns com outros. Mas, o passe sai pra um lado, e cadê o sujeito que devia estar lá?

Viu como eu comecei o parágrafo anterior? Então, bem isso. A seleção é patrimônio do Brasil, logo, patrimônio público de todas e todos brasileiros e brasileiras. Então, deveríamos saber mais e participar da gestão desse patrimônio. Eles são o Brasil na Copa, logo, nos representam. Logo, os dinheiros que são ganhos nessa representação, e os que são gastos, devem passar por nós também.
Quero saber quanto gira no Mundial. Você sabe?

Venga, que pra você não preciso falar de porquê gosto de futebol. Mas, como tem tudo isso da mercantilização, da exploração, dos supersalários, da reificação, das máfias, da alienação, e tals... te conto: adoro um futebol bonito, inteligente, forte. O futebol por ele mesmo, esse que brincamos na rua, em qualquer campinho de terra, de areia, de grama, de pedrinha, com dois chinelos por trave, com uma variação entre um e 30 ou mais jogadores e jogadoras.
Quantos dedos tiramos do lugar, quantas unhas perdidas, quanta pele das solas dos pés trocamos, e tornozelos feridos, e canelas roxas, e coxas marcadas. Quantas vezes perdemos a voz torcendo pelos amigos. E saímos de casa cedo, com água, chicletes, biscoitos, mate, toalhas, pra apoiar o time e passar o dia no torneio.
Enfim, futebol é bom, é bonito, e me agrada muito.

Espero suas notícias! E desejo que sejam boas.

Um grande abraço

Jimbo

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